sábado, 10 de julho de 2010

 ✿♡웃웃♡✿ LENDA DE IBEJIS ✿♡웃웃♡✿
Num tempo muito antigo, tudo acontecia normalmente na aldeia. Todos faziam seu trabalho, as lavouras davam bons frutos, os animais procriavam, crianças nasciam fortes e sadias. Mas, de repente, tudo começou a dar errado. As lavouras ficaram inférteis, as fontes e correntes de água secaram, tudo que era bicho de criação definhou. Quase não havia mais o que comer e beber.
No desespero da difícil sobrevivência, as pessoas se agrediam uma às outras, ninguém se entendia, qualquer coisa virava uma guerra.
As pessoas começaram a morrer aos montes. Instalada no povoado, a Morte vivia rondando todos, especialmente os mais fracos, velhos e doentes.
Na aldeia, morria-se de todas as causas possíveis: de doenças, de velhice e até mesmo ao nascer. Morria-se afogado, por causa de acidentes, por maus tratos e violência, e também de fome e sede. Mas também se morria de tristeza, de saudade e de amor. A Morte fazia o seu grande banquete. Havia luto em todas as casas. Todas as famílias choravam.
O rei enviou muitos emissários para falarem com a Morte, que dava sempre a mesma resposta: não fazia acordos. Ela estava apenas cumprindo seu papel: destruir um por um, sem piedade. Afinal, a culpa não era dela; alguém desgovernara o mundo. Se houvesse alguém forte o suficiente para enfrentá-la, que tentasse, só que seu fim seria ainda mais sofrido e penoso. Mas como também gostava de jogar, a Morte mandou dizer ao rei que daria uma chance à aldeia.
Foram estas as suas palavras: “Se alguém daqui me fizer agir contra minha vontade, eu irei embora.”
Se a Morte fosse contrariada, o feitiço seria quebrado. Parecia que a causa de tantas mortes era mesmo obra de feitiçaria. Aos mensageiros do rei, a Morte disse ainda que havia uma condição: quem desejasse enfrentá-la teria de fazer isso sozinho. Esse era um detalhe importante para o desencantamento funcionar. Mas quem se atreveria a enfrentar a Morte? Os mais bravos guerreiros estavam mortos ou ardiam em febre em suas últimas horas de vida. Os mais astutos diplomatas ha muito tinham partido para outro mundo. Foi então que dois meninos, os Ibejis - nome ioruba que significa gêmeos - Taió e Caiandê , resolveram pregar uma peça na Morte e dar um basta aos seus ataques, então pegaram seus tambores mágicos, que tocavam como maravilhosamente bem, e saíram a procura da Morte. Não foi difícil achá-la numa estrada próxima, por onde ela perambulava em busca de mais vítima. Não tardou e a Morte foi chegando. Numa curva do caminho, um dos irmãos saltou do mato para a estrada a poucos passos da Morte. Tocava o tambor mágico com ritmo e graça como nunca tocara antes. Com determinação e prazer, lá foi o menino estrada a fora com o tambor. O outro gêmeo permaneceu escondido, seguindo o irmão por dentro do mato. A Morte se encantou com o ritmo, ensaiou com passos trôpegos uma dança desengonçada e foi atrás do tambor, dançando sem parar.
Passou-se uma hora, passou-se outra e mais outra. O menino não fazia pausa, e a Morte começou a se cansar. O sol já ia alto, os dois seguiam pela estrada, e o tambor batucando sem cessar. O dia deu lugar à noite, e o tambor batucando sem cessar. E assim ia a coisa, madrugada a dentro. O menino tocava, a Morte dançava. O menino na frente, ligeiro e folgazão, a Morte atrás, em sua dança patética. Só que ela estava exausta, não agüentava mais. “Pare de tocar, menino, vamos descansar um pouco”, ela pediu mais de uma vez. Ele não parava.
“Pare essa porcaria de tambor, moleque, ou vai me pagar com a vida agora mesmo”, ela ameaçou mais de uma vez. Ele não parava.
“Pare que eu não suporto mais”, implorou a morte repetidas vezes. O menino não parava. Taió e Caiandê eram gêmeos idênticos. Ninguém sabia diferenciar um do outro, muito menos a Morte, que sempre foi cega e burra. Pois bem, o moleque que a Morte via tocando na estrada sem parar não era sempre o mesmo. Enquanto um irmão tocava, o outro seguia por dentro do mato, sem se deixar ver. Passada uma hora, trocavam de posição, se aproveitando de uma curva da estrada, com cuidado para a Morte não perceber nada. No mato, o irmão que descansava podia fazer suas necessidades, beber a água depositada nas folhas dos arbustos e enganar a fome comendo as frutinhas silvestres que restavam. Os gêmeos se revezavam, e o tambor não parava um minuto sequer. Mas a Morte, coitada, não tinha substituto, não podia descansar, mal conseguia respirar. Nem suspeitava do ardil dos gêmeos. E assim foi, por dias e dias. Por fim, não agüentando mais, a Morte gritou. “Pare com esse tambor maldito, e eu faço qualquer coisa que me pedir.”
O menino virou para trás e disse: “Pois então vá embora e deixe minha aldeia em paz.”
“Aceito”, ela berrou, e depois vomitou na estrada. O menino parou de tocar e ouviu a Morte se lamentar: “Ah! Que fracasso, o meu. Vencida por um pirralho. Eu me odeio. Eu me odeio.”
Então a Morte se virou e foi embora para longe do povoado. Tocando e dançando, os gêmeos foram levar a boa-nova à aldeia, onde foram recebidos com festas de agradecimento. Muitas homenagens foram feitas aos valentes Ibejis.
E em pouco tempo a vida normal voltou a reinar no povoado, a saúde retornou às casas, e a alegria reapareceu nas ruas. Mais tarde, quando chegou a hora de Taió e Caiandê morrerem, a Morte não veio buscá-los. E assim os gêmeos - Ibejis, foram transformados em Orixás, e desde então as crianças têm no Céu alguém para zelar por elas.
 
OS FILHOS DE IBEJI NO AMOR
O HOMEM DE IBEJI
O amor para o filho de Ibeji, só faz sentido se for uma experiência alegre e bonita. Principalmente alegre, porque, como é uma pessoa de bom astral, adora fazer tudo na brincadeira. É um ótimo companheiro, sempre disposto a agradar e fazer surpresas. Ela, por sua vez, para conquistá-lo terá que estimular constantemente sua criatividade. Parceiro certo para realizar uma mulher em todos os sentidos, o homem de Ibeji ainda tem a qualidade de não ser possessivo. Só que para conquistá-lo será preciso vencer sua enorme desconfiança, porque morre de medo de se machucar.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Yansã, Oxalá,Oxaguian Yemanjá, Ewá, Nanã.
A MULHER DE IBEJI
Pra ela, não há a menor dificuldade de conquistar quem quer que seja. Primeiro porque costuma ser fisicamente muito atraente. Depois, porque é naturalmente extrovertida, o que a coloca em destaque. Nunca espere que ela aceite com naturalidade a rotina, seja ela sentimental, social ou sexual. Não faz parte do seu temperamento, sempre ávido por novidades. Volúvel? Sim, como uma menina de 16 anos descobrindo o Mundo. Sexualmente inovadora, está sempre disposta a testar as mais variadas práticas eróticas, mas deixa bem claro para o parceiro que o amor, para ela, é sexo mas também integração mental e um jogo permanente de conquista. Espontânea e natural em assuntos do coração, não é possessiva e detesta ciúmes.
AFINIDADES:- Com homens de Oxum, Yansã, Oxalá,Oxaguian Yemanjá, Ewá, Nanã.