sábado, 10 de julho de 2010

*♥*•.¸¸.*♥* Orixás do Amor *♥*•.¸¸.*♥*


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O Amor é uma palavra mágica e poderosa, que ronda o imaginário humano, sendo sempre muito difícil ilustrá-lo ou lhe dar uma definição concreta, mas vou tentar definir mesmo assim: - O Amor é igual a respeito, cumplicidade, lealdade, verdade, amizade e solidariedade. Ele soma e multiplica, nunca subtraí, e sempre divide. É mais do que dizer: “Eu Te Amo” ouvindo músicas românticas. Amar é querer fazer o outro feliz e ser feliz em seqüência. É amar tanto a qualidade que se aceita por extensão os defeitos, afinal, ninguém é perfeito, e pessoas idealizadas viram frustrações futuras. Amem os outros pelo que lhes são, assim como os Orixás nos ama pelo que somos.

♥ Os Orixás também sentem Amor ♥

A pouco tempo atrás aconteceu essa história aqui relatada, mas que trás em sua essência uma verdadeira mensagem para todos aqueles que acreditam, tem fé e amam os Orixás.
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das "guerras", saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe "coruja" quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração. — Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? — ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.— Desculpe, sabe, ando meio ocupado. — Respondeu um triste Ogum.— Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. — É, vim até aqui para "desabafar" com você "mãezinha". Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a "Espada da Lei", que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das "supostas" demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles... Estou cansado...Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos humanos. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos do Axé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não via nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não viam em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o "Orixá da Guerra", um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizarem "quebras e cortes" de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show "pirotécnico" de forças ocultas. Muita "espada", muito "tridente", muitas "armas", pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava: — Ah, filhos de Axé, por que vocês esquecem que o Axé é pura força e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando-a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição... Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Yemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado...
Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Xapanã apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua alfanje da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua alfange aos pés de Yemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso... Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos filhos de santo. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Um a um, todos foram se despindo e pensando quanto os filhos de Axé compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente se apresentam. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por humanos em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio filho de santo ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:—Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! —Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:— Espere! Pensou Yemanjá! — Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou-se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu-se de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun: —Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por um Axé sério, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de "apenas" prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras "bases de luz" na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam-nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de Axé, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem o Axé de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir...
Quando Oxalá se calou os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros iriam se juntar nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.
Em Aruanda, os caboclos, pretos velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.
Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Axé, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam-se. O alto os abençoava...
Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.
Milhares de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.
Vocês, filhos de Axé, pensem bem! Não transformem O Candomblé em geral em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como "armas" para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Candomblé é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso.
E quanto a todos aqueles, que lutam por um Candomblé serio, esclarecido e verdadeiro, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pelo Candomblé nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem a Eles. Sejam LUZ, assim como Eles São! Axé pra quem é de Axé !!!
*♥∞♥*Lenda de Exu*♥∞♥*

Exu (o orixá), diferentemente dos outros orixás, era pobre, desprovido de bens, de "pontos de força", como os rios, o mar, as montanhas e nem mesmo uma missão específica ele possuía. Isso o fazia andar para lá e para cá, tal qual os andarilhos que conhecemos hoje em dia. Mas eis que um dia Exu resolveu visitar Oxalá e ao vê-lo ali, entretido, criando os homens e as mulheres e ficou fascinado com esse trabalho, passando a visitá-lo com uma frequência maior que os outros orixás, que apareciam, ficavam umas poucas horas e iam embora. Ao contrário dos outros, Exu ficou na casa de Oxalá por 16 anos, prestando muita atenção e aprendendo como Oxalá fazia o seu trabalho. Ele não perguntava nem opinava, apenas observava.

Não querendo perder tempo em seu importante trabalho, Oxalá pediu a Exu que ficasse na encruzilhada por onde passavam aqueles que vinham visitá-lo e que só deixasse passar quem levasse uma oferenda a Ele (Oxalá), que trabalhava cada vez mais e não queria entreter-se com visitas. E assim agiu Exu, coletando as oferendas que os outros orixás deixavam para Oxalá, entregando-lhe posteriormente.

Exu fazia tão bem o seu trabalho que Oxalá decidiu recompensá-lo da seguinte forma: quem viesse até Oxalá, teria que entregar algo a Exu também. E quem estivesse voltando da casa de Oxalá, deveria agir da mesma forma.

Como bom guardião, Exu defendia a passagem, espantava os indesajáveis e assim tornou-se forte, rico e poderoso, ganhando o domínio sobre as encruzilhadas, que tornaram-se o seu "ponto de força". Hoje nada se faz sem antes agradar a Exu.

Arquétipo de Exú: magros, altos, sorridentes, extrovertidos demais, alegres, ambiciosos, com fé na vida, esperançosos para melhorar e positivos.
 
OS FILHOS DE EXÚ NO AMOR


O HOMEM DE EXÚ

Exu, o Orixá do sexo, da procriação e da fertilidade, faz de seus filhos homens com enorme poder de sedução. Cabe a ele o papel de dar continuidade à espécie. Justamente por ser extremamente sensual, e também por ser versátil, será capaz de agir dessa forma com várias pessoas ao mesmo tempo. O mais interessante de tudo é que ele dificilmente se afasta definitivamente das mulheres com quem manteve vínculos amorosos e sexuais. Por esta razão, não é difícil reconquistá-lo, principalmente se ele se deu bem sexualmente com essa parceira interessada em tê-lo de volta.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Oxumaré, Oyá e Oxóssi.

A MULHER DE EXÚ

Assim como o homem de Exú, a mulher é dotada de muita sensualidade. Mas esta é uma característica que ela não deixa transparecer com facilidade. Pelo contrário, tentará escondê-la atrás de uma imagem bastante reservada. Poderá fazer isso durante toda vida se não se sentir segura com seu companheiro. E segurança emocional para uma filha de Exú significa encontrar um homem que desenvolva com ela uma grande cumplicidade. Aí sim ela se soltará e se mostrará como realmente é: extremamente sensual. Só que para revelar-se plenamente deverá ser conduzida, porque a filha de Exú costuma ser passiva nas artes do amor.
AFINIDADES:- Com homens de Oxum, Oxumaré, Oyá e Oxóssi.

*♡♡* Lenda de Ogum *♡♡*

Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogun, o dono da mata, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogun e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogun mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro, mariwo, e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogun destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez. Ogun destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo.

 
Arquétipo de Ogum: são pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança. Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranquilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhes prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas. Arquétipo:impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiados e um pouco egoístas.


OS FILHOS DE OGUM NO AMOR



O HOMEM DE OGUM


Como seu orixá protetor, o filho de Ogum é um guerreiro também nos assuntos do coração. Passional, sempre empenhado em manter o jogo da conquista, é um amante completo. Ativíssimo sexualmente, superprotetor com a pessoa amada, interessado em satisfazer-lhe as vontades, o companheiro de Ogum garante à sua parceira uma vida feliz em todos os sentidos. É um homem muito cobiçado pelas mulheres. E como sente necessidade de viver em permanente estado de paixão, torna-se presa fácil as aventuras amorosas. Gerando grandes conflitos internos nele e na pessoa amada.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Oyá e Obá.


A MULHER DE OGUM


A filha de Ogum é uma mulher que reúne as características femininas e masculinas. Bonita e sensual por fora, ela pensa com cabeça de homem. Expôe-se mais que as outras mulheres e destaca-se em qualquer lugar. Também é esse seu lado masculino muito forte que a faz prezar a sua liberdade e independência acima de tudo, com reflexos na vida afetiva. É a mulher de Ogum quem conquista o homem e é ela também que o dispensa quando não o quer mais. Essa característica faz dela uma mulher difícil para parceiros machistas. Mas conquista-la não é uma tarefa difícil e sim mantê-la sob domínio. Ela precisa de um companheiro por quem tenha grande admiração ou do qual dependa de alguma forma. E esse homem, por sua vez deverá aprender a conviver com muitas cenas de ciúme.
AFINIDADES:- Com homens de Oxum, Oyá e Obá.
»-(¯`v´¯)-» Lenda de Oxósse »-(¯`v´¯)-»

Oxósse, feliz pelo filho vindouro, declarou a Oxum o seu amor e pediu a ela posse do menino: -Oxum, por amor a você, quero que Logun Edé fique comigo, vou ensiná-lo a caçar. Comigo ele aprenderá os segredo da floresta.

 
Mas Oxum também amava Logun Edé e por maior que fosse seu amor por Oxósse ela não poderia separar-se de seu filho então declarou:


-Logun Edé viverá seis meses com sua mãe e seis meses com o seu pai, comerá do peixe e da caça. Ele será Oxósse e será Oxum, mas sem deixar de ser ele mesmo, Logun Edé: uma princesa na floresta e um caçador sobre as ondas!


Arquétipo de Oxósse: altruístas, abnegados, sinceros, simpáticos, tensos, austeros e que possuem senso de coletividade

 
OS FILHOS DE OXÓSSE NO AMOR



O HOMEM DE OXÓSSE

O filho de Oxósse tem muito medo de ser rejeitado pela pessoa na qual está interessado e então observa bem o seu alvo antes de atirar sua flecha. Não é difícil identificá-lo. Tem aparência tímida e, num grupo, é sempre aquele que ouve muito antes de expressar suas opiniões. Age assim também nos assuntos do coração. Cuidadoso, vai demorar muito a se declarar, mas quando o fizer, a mulher se surpreenderá porque encontrará nele um homem expansivo, disposto a cercá-la de tudo o que estiver ao seu alcance. A mulher por quem se apaixonar nunca passará vergonha, fome ou necessidade. Por ser cuidadoso na escolha da parceira, ele também é muito ciumento. Traí-lo significa perdê-lo. O melhor é cercá-lo de todas as atenções.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxumaré, Oyá, Ewá e Oxum.

A MULHER DE OXÓSSE

A filha de Oxósse chama atenção dos homens pelo corpo bonito, com seios, pernas e quadris fartos. Mas por trás dessa aparência super feminina esconde-se uma verdadeira guerreira, disposta a tudo para agarrar o homem da sua vida. É aquela que sustenta qualquer problema de seu companheiro, que está sempre ao seu lado e não o deixa cair. Apesar de ter atitudes firmes, que indicam grande auto-suficiência, ela vive à procura de sua outra metade e entrega-se totalmente quando ama. Por isso, exige do homem a mesma coisa e sofre demais por ciúme. Para ela, o companheiro ideal deve ser forte, inteligente e dominador nos assuntos sexuais. Em troca, ela "esquentará" o mais frio dos mortais.
AFINIDADES:- Com homens de Oxumaré, Oyá, Ewá e Oxum.

.。.:*・゚♡ Lenda de Xangô ♡゚・*:.。

Xangô, queria ser muito poderoso e respeitado e para isto consultou Ifá. Na consulta surgiu Okanran Meji, que determinou um sacrifício, que iria garantir ao orixás, tudo que desejava. Feito o ebó,Todas as vezes que Xangô abria a boca para falar, sua voz saia possante como um trovão e inúmeras labaredas acompanhavam suas palavras.Diante do poder de seu marido Oya resolveu consultar o Oráculo com a finalidade de se tornar tão poderoso quanto ele. Na consulta surgiu Okanran Meji, que lhe determinou o mesmo ebó. Quando Xangô descobriu que sua mulher havia adquirido um poder igual ao seu, ficou furioso e começou a maldizer Ifá por haver proporcionado tamanho poder a uma simples mulher. Humilhada, Oya recorreu a Olorun para que desse um paradeiro ao impasse. Olorun determinou então que a partir daquele dia, a vós de Xangô soaria como o trovão e que provocaria incêndios onde ele bem intendesse, mas para que isto pudesse acontecer, seria necessário que Oya, falasse primeiro, para que o fogo de suas palavras (os raios) provocassem o surgimento do som das palavras de Xangô (o trovão), assim como o fogo que elas produzem sobre a terra (os incêndios provocados pelos raios que se projectam sobre a terra). E por este motivo até hoje, não se pode ouvir o ribombar do trovão sem que antes, um raio ilumine o céu.


Arquétipo de Xangô: são pessoas voluntariosas e enérgicas, altivas e conscientes de sua importância, real ou suposta. Das pessoas que podem ser grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição e, nestes casos, são capazes de se deixarem levar por crises de cólera, violentas e incontroláveis. Das pessoas sensíveis ao charme do sexo oposto e que se conduzem com tato e encanto no decurso de reuniões sociais, mas que podem perder o controle e ultrapassar os limites da decência. Enfim, o arquétipo de Xangô é aquele das pessoas que possuem elevado sentido de sua própria dignidade e de suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo os humores do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça.


OS FILHOS DE XANGÔ NO AMOR


O HOMEM DE XANGÔ


É aquele homem que a mulher vê e não consegue esquecer. Claro que ele colabora com isso: adora aparecer, desfilar o seu charme. São coisas muito fáceis para este homem que é seguro de si, conquistador e exibicionista. Ter um romance com um filho de Xangô é emocionante porque ele terá que ser eternamente conquistado, o que não quer dizer que ele não irá se amarrar em ninguém. Ele vai amar sim, com sinceridade, a mulher que não se deixar dominar por ele. Até sexualmente, ela precisará deixar bem claro que não é simplesmente um objeto em suas mãos. Se conseguir agir assim, transformará essa fera em um gatinho manso.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Oyá e Obá.


A MULHER DE XANGÔ


Autoritária e dominadora, assim é uma mulher de Xangô, pessoa difícil na relação amorosa, pois quer deixar bem claro para o parceiro que está lhe fazendo um grande favor ao dedicar-lhe carinho e atenção. A grande paixão de sua vida será seu grande protetor, o orixá Xangô, muito embora ela não tenha consciência disso. Para ser feliz, ela precisa ter afinidades com seu companheiro. O grande desafio é conquistá-la, a única maneira de conseguir é desafiá-la num assunto que ela não domine. Só assim despertará a sua admiração e acabará por prender seu coração. Tudo porque ela não suporta homens fracos ou inferiores e apenas se interessa por alguém que respeite. Isso vale até para o plano sexual, onde a mulher de Xangô precisa se sentir dominada pelo parceiro.
AFINIDADES:- Com homens de Oyá, Oxum e Obá.

✿(¯`•._)✿♡♥ Lenda De Oyá ♥♡✿(¯`•._)✿

Estavam todos os orixás, divindades do panteão Yoruba, reunidos em uma grande festa até que chegou Omolú. Durante todo o tempo, Omolú ficou num canto sem dançar.

Oyá, inquieta com tal situação, aproximou-se do senhor, que usava uma roupa de palha cobrindo o rosto (e que deixava Oyá mais intrigada ainda) e o convidou para dançar. Oyá dançou tão rápido que vento proporcionado por seus giros levantou a roupa de Omolú que, para surpresa de todos, era um homem de extrema beleza.

O reconhecimento e admiração de todos por Omolú o deixou muito feliz, pois anteriormente era muito desprezado. Por gratidão a Iansã, Omolú ofertou-lhe parte de seu poder, dando a Oyá a capacidade de conduzir os eguns dançando com seu irukerê. E Oyá tornou-se assim mais poderosa e adorada e também o grande amor de Omolú/Obaluyaê/Xapanã.

Arquétipo de Oya: é de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fiéis, de uma lealdade absoluta em cerats circunstâncias, mas que em outros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema cólera. Pessoas, enfim, cujo temperamento sensual e voluotuoso podem levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, multiplas e freqüentes, sem reservas de decência, mas que não as impede de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesmas enganados.


OS FILHOS DE OYÁ NO AMOR
O HOMEM DE OYÁ


O filho de Oyá é como o vento: instável e volúvel, e isso, em termos afetivos, significa que ele não gostará definitivamente de uma pessoa. Agitado, apesar de não demonstrar, tem uma vida sensual e sexual extremamente inconstante, porque pula de um relacionamento para outro, na ânsia de conseguir tudo ao mesmo tempo. Seu maior prazer é viajar, conhecer gente e locais diferentes, sair fora da rotina. Adora festas, principalmente aquelas onde poderá mostrar que dança bem. Quem gosta de uma vida agitada, onde a palavra de ordem é a aventura, encontra nele o parceiro ideal. Só que, apesar de ativo sexualmente, precisa ser estimulado por uma parceira criativa.

AFINIDADES:- Com mulheres de Oxalá, Oxaguian, Ogum, Exu, Xangô, Oxossi, Logun-Odé Obaluayiê, Exu e Oxumaré.


A MULHER DE OYÁ


A mulher de Oyá é sempre aceita e admirada onde quer que vá. É muito sensual e apaixona-se com freqüência, só aceitando viver com alguém se existir amor. Quando ama de verdade, faz de tudo para manter essa relação. É ciumenta, possessiva e incapazes de perdoar ou esquecer uma traição.Não é do tipo que faz charme quando esta a fim de alguém: declara-se logo abertamente, da mesma forma que é rapidíssima para dar o fora em alguém. Nunca lhe faltarão admiradores, já que é dona de uma beleza natural que é a chave do seu sucesso. Não é vaidosa, mas se necessário, sabe se vestir e se comportar como uma rainha. Para estar ao seu lado, o homem precisa ser inteligente, bonito, sóbrio, romântico, carinhoso, bom papo e de preferência, místico. É uma mulher super ativa sexualmente e disposta a tudo para manter seu romance. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes através de suas carícias.
AFINIDADES:- Com homens de Oxalá, Oxaguian, Ogum, Exu, Xangô, Oxossi, Logun-Odé Obaluayiê, Exu e Oxumaré.

✿(¯`•¸•´¯)✿Lenda de Oxum✿(¯`•¸•´¯)✿


Vivia Oxum no palácio em Ijimu, passava os dias no seu quarto olhando seus espelhos, eram conchas polidas onde apreciava sua imagem bela.

Um dia saiu Oxum do quarto e deixou a porta aberta, sua irmã Oyá entrou no aposento, extasiou-se com aquele mundo de espelhos, viu-se neles.

As conchas fizeram espantosa revelação a Oyá, ela era linda! A mais bela! A mais bonita de todas as mulheres! Oyá descobriu sua beleza nos espelhos de Oxum, Oyá se encantou, mas também se assustou: era ela mais bonita que Oxum, a Bela. Tão feliz ficou que contou do seu achado a todo mundo, e Oxum remoeu amarga inveja, já não era a mais bonita das mulheres, vingou-se. Um dia foi à casa de Egungun e lhe roubou o espelho, o espelho que só mostra a morte, a imagem horrível de tudo o que é feio, pôs o espelho do Espectro no quarto de Oyá e esperou, Oyá entrou no quarto, deu-se conta do objecto, Oxum trancou Oyá pelo lado de fora, Oyá olhou no espelho e se desesperou. Tentou fugir, impossível, estava presa com sua terrível imagem, correu pelo quarto em desespero, atirou-se no chão, bateu a cabeça nas paredes, não logrou escapar nem do quarto nem da visão tenebrosa da feiura. Oyá enlouqueceu, Oyá deixou este mundo. Obatalá, que a tudo assistia, repreendeu Apará e transformou Oyá em orixá. Decidiu que a imagem de Oyá nunca seria esquecida por Oxum. Obatalá condenou Apará a se vestir para sempre com as cores usadas por Oyá, levando nas jóias e nas armas de guerreira o mesmo metal empregado pela irmã.


Arquétipo de Oxum: calmos; carinhosos; desprendidos; vaidosos; volúveis; altruistas; senhores; sonhadores muito elegantes apaixonados; muitos elegantes apaixonados, por jóias, perfumes e vestimentas caras ; símbolo de charme e beleza, sensuais, porém reservados, evitam chocar a opinião pública à qual dão grande importância; sob a sua aparência calma e sedutoura, escondem uma vontade muito forte, um grande desejo de ascensão social.


OS FILHOS DE OXUM NO AMOR


O HOMEM DE OXUM


Bonito, charmoso, de ar malicioso, arranca suspiros. Aliás, isso é o que esse homem mais gosta de fazer. Só que é preciso entender como ele joga o jogo da conquista. Em primeiro lugar, não demonstra seu interesse e não se compromete demais. Arma todo o esquema para que a mulher tome a iniciativa de chegar a ele. Sexualmente impetuoso, usa toda a sua inteligência e o seu requinte para dar um toque especial aos contatos amorosos. Fará, portanto, com que a mulher se sinta uma rainha. O problema é que gosta de fazer isso com todas as mulheres. Mas há como segurar um filho de Oxum. Trabalhe a sua vaidade, elogie-o muito, mas trate de fazê-lo notar que há outras pessoas interessadas na mulher que está ao lado dele.
AFINIDADES:- Com mulheres de Yansã, Xangô, Ibeji, Oxumaré, Oxalá, Ogum, Exu e Oxóssi.


A MULHER DE OXUM


Para conquistá-la é preciso estar atento aos sinais que ela emite. A primeira coisa que a mulher de oxum faz quando está a fim de conquistar alguém é passar as mãos nos cabelos. Não espere jamais que ela demonstre interesse direto. Vai sempre chegar a pessoa amada através de outra. Tudo isso acontece porque a filha de oxum gosta de proteger das pessoas em qualquer lugar que esteja. É aquele tipo de mulher que não anda sozinha e está sempre acompanhada de uma amiga. Apesar disto, tem uma aparência chamativa: destaca-se pelos penteados, pela pele macia e bem tratada, pelo corpo hamonioso. Seu ponto fraco é a vaidade. Basta então para conquistá-la, elogiar sua beleza.
AFINIDADES:- Com homens de Yansã, Xangô, Ibeji, Oxumaré, Oxalá, Ogum, Exu e Oxóssi.


❀•´`•♡•´`•❀Lenda de Obá❀•´`•♡•´`•❀

Xangô era um conquistador de terras e de mulheres, vivia sempre de um lugar para o outro. Em Cossô fez-se rei e casou-se com Obá. Obá era sua primeira e mais importante esposa, Obá passava o dia cuidando da casa de Xangô, moía a pimenta, cozinhava e deixava tudo limpo. Xangô era um conquistador de terras e de mulheres. Uma vez Xangô viu Oyá lavando roupa na beira do rio e dela se enamorou perdidamente. Com Oyá se casou, mas Xangô era um conquistador de terra e de mulheres e logo se casou de novo. Oxum foi a terceira mulher. As três viviam às turras pelo amor do rei, para deixar Xangô feliz, Obá presenteou-lhe um cavalo branco, Xangô gostou muito do cavalo, Tempos depois Xangô saiu para guerrear levando Oiá consigo, seis meses se passaram e Xangô continuava longe, Obá estava desesperada e foi consultar Orunmilá, Orunmilá aconselhou Obá a oferecer em sacrifício um iruquerê, espanta-mosca feito com rabo de um cavalo, mandou pôr o iruquerê no teto da casa. Para fazer a oferta prescrita pelo oráculo, Obá encomendou a Eleguá um rabo de cavalo, e Eleguá induzido por Oxum, mais que depressa cortou o rabo do cavalo branco de Xangô, mas não cortou somente os pêlos e sim a cauda toda e o cavalo sangrou até morrer. Quando Xangô voltou da guerra, procurou o cavalo e não encontrou, deparou então com o iruquerê amarrado no teto da casa e reconheceu o rabo do cavalo desaparecido, soube pelas outras mulheres da oferenda feita pela primeira esposa. Xangô ficou irado e mais uma vez repudiou Obá.

Arquétipo de Obá : são mulheres valorosas e incompreendidas. Suas tendências um pouco viris fazem-nas freqüentemente voltar-se para o feminismo ativo. As suas atitudes militantes e agressivas são consequências de experiências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se, frequentemente, a um ciúme um tanto mórbido. Entretanto, encontram geralmente compensação para as frustrações sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado de nada perder dos seus bens tornam-se garantias de sucesso.


OS FILHOS DE OBÁ NO AMOR



O HOMEM DE OBÁ

 
O homem de Obá geralmente é alto, de boa aparência, atraente, comunicativo e narcisista. Não acredita que alguém possa amá-lo mais do que ama a si próprio. Isto porque descobriu sua beleza desde criança e por isso passou a ter auto-admiração tornando-se aparentemente inatingivel até que apareça alguém que lhe mostre o que ele pensa sobre si. Normalmente um homem socialmente realizado, costuma engrandecer-se no que diz respeito ao campo sentimental. Uma boa tática para atrair a atenção dele é desafiá-lo a fazer coisas que nunca tenha feito. Lugares que dispertam imaginações quentes como: uma praia não muito frequentada, um barzinho distante e qualquer lugar que a pessoa possa ficar com ele. Sexualmente é um homem difícil, pois aprendeu desde cedo a admirar-se e nem de alguém para ser admirado. Portanto ele é virtualmente passivo. Deve-se elogiar seu corpo bonito e em seguida conquistá-lo com amor, paixão e carinhos mais louco que se possa fazer. Pronto, ele está conquistado para sempre, um dos homens mais difíceis na área sentimental.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxalá, Oxaguian, Yemanjá, Nanan , Ibeji, Oxunmaré, Exú e Voduns.


A MULHER DE OBÁ


A mulher de Obá carrega consigo um dos maiores mistérios da origem humana. Ela é ao mesmo tempo uma guerreira, uma ninfa e uma serpente. Mesmo que ela tenha nascido no interior, sempre procurará um meio de se aproximar do litoral e, uma vez nele, procurará estabelecer o seu domínio em ilhas, penínsulas e praias abertas. Geralmente tem traços inconfundíveis em sua aparência. Os cabelos são longos, ou curtos no estilo "batidinho". Se for magra, realça uma forma acentuada de cintura e quadris, se for cheia, realça da mesma forma suas medidas. Em festa ou reuniões sociais, ela age de duas maneiras específicas: ou destaca-se e atrai a atenção de todos ou retrai-se e à espera de uma oportunidade de se tornar o centro das atenções. Por ser uma mulher diferente, gosta de colecionar experiências, as vezes desastrosas por causa de seu temperamento dominante. Seus pontos fracos são a projeção social, as festas nas quais possa se destacar e homens inteligentes. Jamais sentira atração a um homem medíocre, pois adora ser desafiada constantemente.
AFINIDADES:- Com homens de Oxalá, Oxaguian, Yemanjá, Nanan , Ibeji, Oxunmaré, Exú e Voduns.


»-(¯`♥´¯)-»Lenda de Logun-Edé»-(¯`♥´¯)-»

Logun-Edé sempre foi considerado príncipe, filho de reis. Menino arisco, teimoso, levado, brincava sempre além dos limites da regência de sua mãe Oxun, que era a cachoeira. Porém, era admirado por todos, e muito querido também. Certo dia, o príncipe, contrariando as ordens do pai e da mãe para que não brincasse perto do rio por ser perigoso, resolveu arriscar, atravessando de uma margem à outra, montado num toco de árvore. Subitamente, o tronco virou e Logun-Edé foi parar no fundo do rio. Mesmo sendo um bom nadador, Logun não conseguiu chegar à tona. Aflitos, e pressentindo algo de errado, Oxossi e Oxun, resolveram ir atrás dele e chegaram até o rio. O coração de mãe não se enganou. Oxun sabia que seu filho estava no fundo do rio e apelou para a força de Olorun, a fim de recuperar seu primogenito. - "Pai, - disse ela - não deixe que meu filho se afogue. Eu sou a Rainha das águas doces e não poderia perder meu filho justamente no fundo de um rio. Salve-o Pai, salve-o!". E Olorun, atendendo aos pedidos do deus da caça e da deusa das águas doces e da cachoeira, ergueu Logun-Edé do fundo do rio e advertiu: - "Aí está seu filho, por sua teimosia, quase perdeu a vida. De agora em diante fica Logun-Edé, filho de Ibualamo e Yèyé Ipondá, com a obrigação de zelar pelos rios e promover a pesca". E, assim, Logun-Edé passou a reinar nos rios, a cuidar deles e ajudar os pescadores. O elemento de Logun-Edé está ligado aos pais: terra e água, dando a ele os poderes do pai e da mãe.


Arquétipo de Logun-Odé : é muito orgulhoso de seu corpo - a atual política de cultivo do corpo poderia ser regida por Logun Edé. É sedutor, vaidoso, elegante e ciumento. São tipos ambivalentes, podendo ser bem educados, bem humorados, refrescantes como a folha de Odundun e a água, mas também serem sombrios como os antepassados. O orixá Logun-Edé é responsável por tonturas e desmaios o que pode ser confundido com provocações dos Eguns Seu culto na África está quase que extinto, porém na Bahia mantem-se vivo. Seus filhos não podem usar vermelho.


OS FILHOS DE LOGUM ODÉ NO AMOR

O HOMEM DE LOGUN-ODÉ


É um homem com detalhes especiais no campo amoroso. Aparentemente tímido, na realidade, da mesma forma que seu orixá, espreita seu alvo(pessoa) até ter certeza que sua flecha não o errará. Não gosta de ser rejeitado e por esta razão joga de forma tática e matreira na conquista. Ele é aquele homem que entra por último num "papo", depois de certificar que pode dominar o assunto. Por ser um caçador nato, este homem não solta sua presa e consequentemente é super-ciumento... seu amor é seu amor e pronto! Seus pontos fracos são a vaidade, o "estômago", o verde e um sexo "agitadinho". Sexualmente é passivo e gosta de ser trabalhado, sendo que gosta de ser agarrado, apertado,beijado e mordido. Mas depois de tudo, gosta mesmo é de um carinho...

AFINIDADES:- Com mulheres de Yemanjá, Oxanguian,Ewá, Oxumaré, Nanan, Oxalá, Oxum, Oxóssi, Oyá, Exu e Ogun.


A MULHER DE LOGUN-EDÉ


É a mulher que sustenta qualquer "parada" de um homem. Ela nasceu macho dentro do corpo de uma linda mulher-menina, aparentemente auto-suficiente. Mas, na realidade ela e de disputar qualquer situação e entregar-se totalmente quando ama, demonstrando uma surpreendente possessividade e o maior ciúme que já existiu no Mundo. Ela tem que ser bem manuseada por gostar de se sentir nas mãos de um "forte". Ela é a mulher que sempre irá dormir agarradinha ao seu homem de tal forma que, mesmo dormindo, ainda dará beijinhos em quem ama. Geralmente tem o corpo farto, com seios, pernas, coxas e quadris de chamar a atenção. Seus pontos fracos são a inteligência do homem,um sexo super-ativo, um beijo meloso, as festas e muita fartura.

AFINIDADES:- Com homens de Yemanjá, Oxanguian,Ewá, Oxunmaré, Nanan, Oxalá, Oxum, Oxóssi, Oyá, Exu e Ogun.

><(((º>❀ Lenda ❀ de ❀ Iemanjá ❀<º)))><

Exu foi chamado ao reino de Olokun, senhor dos mares, para um trabalho que somente ele poderia realizar. Ao chegar à sala do trono ficou encantado ao conhecer Iemanjá, a filha do rei, que andava pelo salão a procura de uma jóia que tinha perdido. A beleza da moça era indescritível e Exu sentiu o ardor da paixão queimar-lhe o peito. Saiu determinado a cumprir a missão e voltar o quanto antes para pedir a mão da princesa. Nunca ele fora tão rápido no cumprimento de uma tarefa quanto naquela. Em dois dias estava de volta apresentando as provas do sucesso da empreitada. Olokun ficou contentíssimo e ofereceu ao rapaz grandes riquezas, mas este foi inflexível. A ele somente interessava casar-se com Iemanjá. O monarca ficou extremamente irritado com tamanha audácia e mandou que o colocassem para fora de seus domínios. Exu jurou vingança. Nunca ninguém o tinha tratado daquela forma e não engoliria a desfeita tão facilmente. Durante semanas nada mais fez a não ser arquitetar um plano para raptar a princesa. Certa manhã, Iemanjá com um imenso séquito, passeava pelas areias da praia, quando um imenso buraco se abriu a seus pés e a tragou para seu interior. Foi tudo tão rápido que ninguém pode fazer nada. A fenda se fechou como se ali nada jamais houvesse acontecido. Os escravos desesperaram-se, como contar ao rei o sucedido? Certamente seriam mortos sem piedade. Não havia quem não conhecesse a fúria real. Pensando dessa forma todos fugiram e nunca mais apareceram para testemunhar o ocorrido. Enquanto isso nas profundezas da terra Exu desvelava-se em carinho e atenção para ganhar o amor de Iemanjá. Desesperado com o sumiço da filha o velho rei foi procurar um Babalaô que he contou exatamente o que tinha acontecido e o aconselhou a procurar por Iansã, jovem guerreira que nada temia e por sua rara beleza poderia granjear a simpatia de Exu. Iansã foi chamada e prontificou-se a buscar a jovem. Providenciou uma oferenda a Ifá, pedindo proteção e força e partiu para o resgate. Depois de muito andar sentiu sob os pés a quentura que denunciava a presença do seqüestrador. Brandiu sua espada no ar, chamando os raios de seu domínio, e enfiou-a na terra com toda a força. Uma cratera se formou e a guerreira foi descendo lentamente. Logo avistou a bela moça sentada a um canto chorando copiosamente, a seu lado Exu afagava-lhe os longos cabelos fazendo juras de amor eterno.

- Vim buscar a princesa! - Seu tom de voz não deixava dúvidas, viera disposta a tudo.

- Como ousa invadir meu reino e ainda por cima ditar-me ordens? - Exu gritava descontrolado - Minha princesa daqui não sai! - Apontou para os pés de Iansã e um circulo de fogo se formou em torno dela impedindo seu avanço.

- Não discutirei com você, peço a intercessão de Orunmilá, para cumprir a missão para a qual fui incumbida!

Raios começaram a se espalhar por todo o espaço, uma ventania muito forte envolveu o corpo de Iansã, que assim chegou perto da moça que a tudo assistia perplexa. O homem foi jogado contra uma parede atingido pela violência do vento. Um redemoinho as envolveu transportando-as para o reino de Olokun. O mar se abriu dando passagem para o pequeno tufão cavalgado por Iansã. Dos olhos do rei correram lágrimas de alegria e gratidão quando avistou em meio ao tormento o rosto da querida filha. Iemanjá e Iansã tornaram-se amigas pela eternidade. Exu ainda está no interior da terra, algumas vezes chora por uma e pragueja contra a outra. Hoje muitos terreiros cantam que em pleno mar havia duas ventarolas. É a essa história que se referem!


Arquétipo de Iemanjá: são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto".


OS FILHOS DE YEMANJÁ NO AMOR


 
O HOMEM DE YEMANJÁ

Detalhista e exigente, o filho de Yemanjá é uma pessoa difícil de se tratar. Como tem um senso estético muito desenvolvido não tolera ter ao seu lado uma mulher desleixada e desarrumada. é extremamente ciumento e possessivo, embora não o demonstre. Essa sua característica gera muitas brigas ou pode levá-lo a adotar uma postura indiferente. Apesar disto ele é um bom companheiro, empenhado em harmonizar a vida a dois. A mulher que quiser conquistá-lo terá de entender ainda que a sua imagem sensual, reforçada pelo corpo bonito, esconde um parceiro sexual passivo, que espera que a companheira tome a iniciativa para então se soltar.

AFINIDADES:- Com mulheres de Oxalá, Oxaguian, Ossain, Logum Edé e Xangô.

 
A MULHER DE YEMANJÁ

É aquela mulher que todo homem sonha em encontrar. Tem voz meiga e calma, é delicada e dona de uma beleza harmoniosa. Como uma verdadeira sereia, ela sabe direitinho como enfeitiçar os homens. É passiva no assunto coração e adora se sentir segura na presença do companheiro, que nunca poderá ser um homem fraco diante da vida. Esse companheiro encontrará na filha de Yemanjá uma grande disposição sexual e um imenso desejo de agradá-lo. Porém estas qualidades podem se transformar repentinamente. Por trás da aparência meiga e encantadora há uma mulher extremamente vingativa e ciumenta, que pode chegar ao extremo de abandonar por vingança a pessoa amada, ou então, só para magoá-lo manter um romance paralelo.

AFINIDADES:- Com homens de Oxalá, Oxaguian, Ossain, Logum Edé e Xangô.



♥.¸ (`'•.¸(`'•.¸Lenda de Nanã¸. •'´) ¸. •'´)¸.♥


Os Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, o que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não era tão importante assim, torceu com as próprias mãos o pescoço dos animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrificios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.

Arquétipo de Nanã: é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgaram ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres. Elas gostam das crianças e educam-nas, talves, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência dos avós. Agem com segurança e majestade. Suas reações bem-equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

OS FILHOS DE NANÃ NO AMOR


O HOMEM DE NANÃ

De cada 500 homens que nascem, apenas um é filho de Nanã. Esta "estatística" já mostra que este é um tipo de pessoa especial do ponto de vista sentimental. É um homem bom, carinhoso, amigo e mão aberta quando se trata de cercar seu amor de cuidados. E isso é coerente com ele que gosta do que é belo, principalmente no que diz respeito à produção visual e é fã de uma vida social movimentada. Sexualmente, prefere parceiras passionais e precisa se sentir bastante desejado. Gosta de perceber se a pessoa amada sente ciúme dele mas não costuma ser feliz no primeiro amor, geralmente por culpa da pessoa com quem viveu. É certo também que tentará de tudo para conservar seu relacionamento e só desistirá dele quando sentir que não há mais saída.

AFINIDADES:- Com mulheres de Oxalá, Oxóssi, Voduns e Tempo.

A MULHER DE NANÃ

Capaz de tudo por um amor, embora na maior parte das vezes não demonstre isso à primeira vista, a filha de Nanã esconde também o seu lado erótico e sensual. Quem a vê, com aparência tranquila e distraída não imagina que para ela, sexo é uma prática sem limites. Seus pontos fracos são o ventre e os quadris, mas ela só revelará estes e outros segredos íntimos a um homem em quem confiar. E ele deverá preencher alguns requisitos: ser inteligente como ela, delicado, educado e um bom papo. Ela odeia o gênero machão, que a fará extremamente infeliz. O homem que a conquistar não terá do que se queixar: a mulher de Nanã é cúmplice e companheira em tudo e o fará muito feliz.

AFINIDADES:- Com homens de Oxalá, Oxóssi, Voduns e Tempo.



 ✿♡웃웃♡✿ LENDA DE IBEJIS ✿♡웃웃♡✿
Num tempo muito antigo, tudo acontecia normalmente na aldeia. Todos faziam seu trabalho, as lavouras davam bons frutos, os animais procriavam, crianças nasciam fortes e sadias. Mas, de repente, tudo começou a dar errado. As lavouras ficaram inférteis, as fontes e correntes de água secaram, tudo que era bicho de criação definhou. Quase não havia mais o que comer e beber.
No desespero da difícil sobrevivência, as pessoas se agrediam uma às outras, ninguém se entendia, qualquer coisa virava uma guerra.
As pessoas começaram a morrer aos montes. Instalada no povoado, a Morte vivia rondando todos, especialmente os mais fracos, velhos e doentes.
Na aldeia, morria-se de todas as causas possíveis: de doenças, de velhice e até mesmo ao nascer. Morria-se afogado, por causa de acidentes, por maus tratos e violência, e também de fome e sede. Mas também se morria de tristeza, de saudade e de amor. A Morte fazia o seu grande banquete. Havia luto em todas as casas. Todas as famílias choravam.
O rei enviou muitos emissários para falarem com a Morte, que dava sempre a mesma resposta: não fazia acordos. Ela estava apenas cumprindo seu papel: destruir um por um, sem piedade. Afinal, a culpa não era dela; alguém desgovernara o mundo. Se houvesse alguém forte o suficiente para enfrentá-la, que tentasse, só que seu fim seria ainda mais sofrido e penoso. Mas como também gostava de jogar, a Morte mandou dizer ao rei que daria uma chance à aldeia.
Foram estas as suas palavras: “Se alguém daqui me fizer agir contra minha vontade, eu irei embora.”
Se a Morte fosse contrariada, o feitiço seria quebrado. Parecia que a causa de tantas mortes era mesmo obra de feitiçaria. Aos mensageiros do rei, a Morte disse ainda que havia uma condição: quem desejasse enfrentá-la teria de fazer isso sozinho. Esse era um detalhe importante para o desencantamento funcionar. Mas quem se atreveria a enfrentar a Morte? Os mais bravos guerreiros estavam mortos ou ardiam em febre em suas últimas horas de vida. Os mais astutos diplomatas ha muito tinham partido para outro mundo. Foi então que dois meninos, os Ibejis - nome ioruba que significa gêmeos - Taió e Caiandê , resolveram pregar uma peça na Morte e dar um basta aos seus ataques, então pegaram seus tambores mágicos, que tocavam como maravilhosamente bem, e saíram a procura da Morte. Não foi difícil achá-la numa estrada próxima, por onde ela perambulava em busca de mais vítima. Não tardou e a Morte foi chegando. Numa curva do caminho, um dos irmãos saltou do mato para a estrada a poucos passos da Morte. Tocava o tambor mágico com ritmo e graça como nunca tocara antes. Com determinação e prazer, lá foi o menino estrada a fora com o tambor. O outro gêmeo permaneceu escondido, seguindo o irmão por dentro do mato. A Morte se encantou com o ritmo, ensaiou com passos trôpegos uma dança desengonçada e foi atrás do tambor, dançando sem parar.
Passou-se uma hora, passou-se outra e mais outra. O menino não fazia pausa, e a Morte começou a se cansar. O sol já ia alto, os dois seguiam pela estrada, e o tambor batucando sem cessar. O dia deu lugar à noite, e o tambor batucando sem cessar. E assim ia a coisa, madrugada a dentro. O menino tocava, a Morte dançava. O menino na frente, ligeiro e folgazão, a Morte atrás, em sua dança patética. Só que ela estava exausta, não agüentava mais. “Pare de tocar, menino, vamos descansar um pouco”, ela pediu mais de uma vez. Ele não parava.
“Pare essa porcaria de tambor, moleque, ou vai me pagar com a vida agora mesmo”, ela ameaçou mais de uma vez. Ele não parava.
“Pare que eu não suporto mais”, implorou a morte repetidas vezes. O menino não parava. Taió e Caiandê eram gêmeos idênticos. Ninguém sabia diferenciar um do outro, muito menos a Morte, que sempre foi cega e burra. Pois bem, o moleque que a Morte via tocando na estrada sem parar não era sempre o mesmo. Enquanto um irmão tocava, o outro seguia por dentro do mato, sem se deixar ver. Passada uma hora, trocavam de posição, se aproveitando de uma curva da estrada, com cuidado para a Morte não perceber nada. No mato, o irmão que descansava podia fazer suas necessidades, beber a água depositada nas folhas dos arbustos e enganar a fome comendo as frutinhas silvestres que restavam. Os gêmeos se revezavam, e o tambor não parava um minuto sequer. Mas a Morte, coitada, não tinha substituto, não podia descansar, mal conseguia respirar. Nem suspeitava do ardil dos gêmeos. E assim foi, por dias e dias. Por fim, não agüentando mais, a Morte gritou. “Pare com esse tambor maldito, e eu faço qualquer coisa que me pedir.”
O menino virou para trás e disse: “Pois então vá embora e deixe minha aldeia em paz.”
“Aceito”, ela berrou, e depois vomitou na estrada. O menino parou de tocar e ouviu a Morte se lamentar: “Ah! Que fracasso, o meu. Vencida por um pirralho. Eu me odeio. Eu me odeio.”
Então a Morte se virou e foi embora para longe do povoado. Tocando e dançando, os gêmeos foram levar a boa-nova à aldeia, onde foram recebidos com festas de agradecimento. Muitas homenagens foram feitas aos valentes Ibejis.
E em pouco tempo a vida normal voltou a reinar no povoado, a saúde retornou às casas, e a alegria reapareceu nas ruas. Mais tarde, quando chegou a hora de Taió e Caiandê morrerem, a Morte não veio buscá-los. E assim os gêmeos - Ibejis, foram transformados em Orixás, e desde então as crianças têm no Céu alguém para zelar por elas.
 
OS FILHOS DE IBEJI NO AMOR
O HOMEM DE IBEJI
O amor para o filho de Ibeji, só faz sentido se for uma experiência alegre e bonita. Principalmente alegre, porque, como é uma pessoa de bom astral, adora fazer tudo na brincadeira. É um ótimo companheiro, sempre disposto a agradar e fazer surpresas. Ela, por sua vez, para conquistá-lo terá que estimular constantemente sua criatividade. Parceiro certo para realizar uma mulher em todos os sentidos, o homem de Ibeji ainda tem a qualidade de não ser possessivo. Só que para conquistá-lo será preciso vencer sua enorme desconfiança, porque morre de medo de se machucar.
AFINIDADES:- Com mulheres de Oxum, Yansã, Oxalá,Oxaguian Yemanjá, Ewá, Nanã.
A MULHER DE IBEJI
Pra ela, não há a menor dificuldade de conquistar quem quer que seja. Primeiro porque costuma ser fisicamente muito atraente. Depois, porque é naturalmente extrovertida, o que a coloca em destaque. Nunca espere que ela aceite com naturalidade a rotina, seja ela sentimental, social ou sexual. Não faz parte do seu temperamento, sempre ávido por novidades. Volúvel? Sim, como uma menina de 16 anos descobrindo o Mundo. Sexualmente inovadora, está sempre disposta a testar as mais variadas práticas eróticas, mas deixa bem claro para o parceiro que o amor, para ela, é sexo mas também integração mental e um jogo permanente de conquista. Espontânea e natural em assuntos do coração, não é possessiva e detesta ciúmes.
AFINIDADES:- Com homens de Oxum, Yansã, Oxalá,Oxaguian Yemanjá, Ewá, Nanã.